Há muitos mitos que envolvem o Linux e o software
livre. A principal causa é a falta de
informação sobre esse novo universo. Nesse artigo vou buscar mostrar
alguns mitos e verdades que rodeiam o mundo Linux.
O barato não presta
É comum ouvir que o que é barato não presta.
Sabendo disso algumas empresas cobram a mais por um produto para dar
a impressão de que o produto é melhor. E quando se ouve que o
sistema operacional é gratuíto logo se pensa que não deve ser bom.
Frases do tipo “vem na caixa de ovo” não soam bem. Mas
precisamos deixar as coisa bem claras: o foco o Linux não é a venda
de licenças, mas a venda de serviços. E as empresas lutam para que
o software seja tão bom que valha a pena contratar o suporte.
O Linux é livre e, geralmente, grátis. Mas isso
não quer dizer que seja ruim. Muito pelo contrário. 95% dos 500
melhores supercomputadores do mundo rodam o Linux, os principais
sites da internet e os sistemas críticos também rodam em cima do
sistema operacional do pinguim. E a maioria dos dispositivos móveis
rodam em cima de algumas versão do sistema Linux.
Linux é mais seguro
Há versões de Linux para os mais variados
públicos, de usuários leigos até especialistas em segurança. Cada
versão tem um foco. Mas de um modo geral, a instalação padrão do
Linux é mais segura do que a do Windows. Mas a segurança depende
muito de quem implantou o sistema e de quem está usando o
computador. É possível deixar o Windows, e qualquer outro sistema
operacional, tão seguro quanto necessário. Depende mais de quem vai
usar o sistema, e para qual finalidade.
Se tenho acesso ao código fonte então é menos seguro
Parece até óbvio que se um hacker sabe como um
programa funciona ele sabe quais as brechas de segurança que
existem. Mas é justamente o contrário. Se há um código mal feito
em um software livre vários desenvolvedores terão acesso a ele e
poderão alertar a comunidade e corrigir a falha. O software
proprietário, ao contrário, não terá tantas pessoas olhando o
código e, achando-se uma falha, a correção ficará a cargo da
empresa proprietária, e se ela tiver outras prioridades no momento
a correção poderá levar meses. O código livre tende a ser mais
seguro justamente por ter mais desenvolvedores olhando para ele e
corrigindo suas falhas.
Milhares de pessoas desenvolvem o mesmo software livre
Na maioria das vezes essa informação é falsa.
Apesar do código ser aberto somente os projetos grandes e famosos
possuem um número alto de programadores e outros profissionais de TI
envolvidos. Já vi muitos projetos livres morreram por falta de
desenvolvedor. Mas é muito mais fácil que o teu projeto cresça se
ele for livre. Mas não basta ser livre para ter sucesso; precisa ser
bom.
Software livre não dá dinheiro
Como já mencionei, embora você possa vender o Linux (se conseguir quem compre!) o foco do software livre não é a venda de licenças, mas de serviços. Você, profissional de TI, ganha dando suporte, implementando, modificando, ajustando, corrigindo, etc.
Linuxers são xiitas
Há fanáticos em todas as áreas, inclusive no Linux. O que deixa um linuxer irritado é alguém fazer um comentário negativo do Linux sem ao menos conhecê-lo. É como alguém que não gosta de almôndegas sem nunca ter comido uma. Ou baseia a sua opinião em uma experiência negativa que teve há 15 anos atrás. É infantil. Para fazer um bom julgamento é necessário apontar parâmetros, fazer métricas, testar, comparar. Simplesmente dizer que o Windows é pior ou melhor não ajuda em nada. A pergunta que se deve fazer é: “melhor em quê?”, “melhor pra quem?”, “melhor em qual cenário?”.
Há bons profissionais que gostam da facilidade do
Mac OSX. Então use-o. Já há outros bons profissionais que preferem
a liberdade que o Linux dá. Outros preferem a comodidade de
continuar usando o Windows. Cada um na sua. Mas para poder comparar
os sistemas é necessário conhecê-los.
Há pessoas que dizem que o Linux não presta
porque não tem jogos, como se o mundo de TI se resumisse aos games.
Também há pessoas que dizem que o Windows é uma porcaria, mas
continuam usando o notebook em dual boot. Todos precisam saber que há
vantagens e desvantagens em cada sistema. Mas não julgue sem
conhecer.
Linux não pega vírus
Como já mencionei, se levarmos em consideração o termo técnico, o Linux não pega vírus. Mas quando as pessoas falam de vírus na verdade estão querendo falar de malware, e isso existe no Linux, sim. Já vi pessoas que não tomam o menor cuidado só porque usam Linux. Isso é um erro! Os cuidados em segurança servem para qualquer ambiente. Portanto, os mesmos problemas envolvendo malwares no Windows também existem no Linux.
Linux roda em qualquer computador
É verdade. Porém não é qualquer distribuição
que roda em qualquer computador. Não adianta querer colocar o Ubuntu
em um 386. Ele não vai rodar. Se você precisar colocar um Linux em
um computador muito antigo ou com poucos recursos você vai precisar
de uma distribuição voltada para esse função. Por isso há tantas
distrbuições Linux no mercado, pois cada uma é voltada para um
objetivo bem específico, umas são para usuários domésticos,
outras para segurança, outras para smartphone, outras para
servidores, etc, e geralmente há mais de uma opção para cada tipo
de tarefa. Cabe a você escolher qual a que melhor se adapta a tua
necessidade.
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